
Gênese. Dilúvio. Êxodo. Apocalipse.
Você pensa que conhece a história.
Mas há algo que eles não contaram.
Algo sobre... dino-aves.
Eles se chamam devanos... e procuram um amigo.
Devanea é, ao mesmo tempo, um mundo abandonado, vigiado e protegido.
Um mundo abandonado por escamosos domonos e vigiado por híbridos virtuosos, uma terra exótica deixada aos cuidados dos emplumados devanos. Lá, djinsaurons descomunais convivem em um tênue equilíbrio propiciado por um seleto esquadrão de mantenedores, os Parasaurons e as Parasauronesas, um grupo misto conhecedor dos poderes místicos de um grande panteão de seres ziguezagueantes, chamados Sopros Primordiais, Hum, Ba, Re e Ha.
Blinakris é uma devana sensível em um mundo brutal. Órfã e coberta de penas que lembram as cores de feridas vermelho-arroxeadas, ela ocupa o posto de cuidadora-de-ovos de sua aldeia, lidando com rituais tranquilizadores e práticas usadas para proteger as crias caídas-do-ninho. Ela é desprezada pela natureza precária de sua morada: um simples buraco de pedra no chão.
Quando ela é enfim notada e tem seu primeiro salto-de-fé - o salto no abismo com seu companheiro Kokopelli -, um arauto de mudanças além do alcance e da compreensão devana decide reaparecer e desafiar todos os mantenedores, afetando e trazendo desequilíbrio ao mundo. Ser Pterix, líder Parasauron, sonha com o encontro dos Céus com a Terra, e o jovem Kokopelli, seu filho, vê o futuro em um relance perturbador.
Para descobrir o que está por trás dos sinistros desaparecimentos propagados com o reaparecimento do misterioso devano, a humilde Blinakris deve se unir aos poderosos aliados Pasaraurons e colocar todo seu conhecimento à prova. Deve realizar o derradeiro salto no abismo e desenvolver suas asas durante a queda!
Agora, Blinakris e Quetzal - o irmão de Kokopelli - precisam encontrar o raptor enquanto se preparam para a Quarta Chuva-de-Mil-Fogos, juntos a uma grande Convocação de Parasaurons consagrados como Guardiões do Código.
Todas as pistas apontam para Ser Tigmamanukan, xenomusicista na busca do autor do mítico Canto da Criação, e um dos Parasaurons mais temidos e misteriosos.
Os pesadelos de Ser Pterix, as visões de Kokopelli e as histórias cantadas no Festival da Ciclo-Chama estão se tornando reais, confluindo para o momento que abalará o destino de Devanea: a destruição da Grande Árvore das Criaturas Fantásticas dos Mundos, que abriga em seus galhos a vida de todo o Ovo Cosmo-Abissal.
Não somente a vida dos devanos. Não somente a vida dos domonos. Mas todos. Hadas, krakens, fantasmas e djins. Gigantes, cocatrices, dragonis e feiticeiros. Unicornes, raseanos, tsigas e quimeras. Cérberos, medusas, onis e hidras. Valquírias, grifos, basiliscos e paranormais.
Ao final desta jornada, o que triunfará? A destruição ou a vida? A brutalidade ou a sensibilidade? O controle ou a liberdade? A guerra ou a paz? O desejo ou o amor?
Sopros de Deva é a Devolução da Devaversidade perdida.

Mito e ciência. Fantasia e ficção científica. Sopros de Deva é um livro de pegada multiculturalista, que traz em suas 2.615 páginas de história a reimaginação de mitos universais e mitos locais, originários de vários países dos cinco continentes (Índia, Alemanha, Botsuana, Austrália, Iraque, México, China, Israel, Egito, Brasil, Noruega, Indonésia, Arábia Saudita, Chile, Japão, Filipinas, Estados Unidos, Grécia...), aliada à atual visão científica a respeito dos dinossauros emplumados.

Uma terrível chuva de mil fogos cairá sobre Devanea em pouco tempo.
Os veteranos guerreiros não mais combaterão, senis, inválidos e impotentes diante de tamanha agressão cósmica. No lugar deles, são recrutados e designados para a missão o jovem músico, o contador-de-histórias e a sonhadora, que possuem em comum a arte da poesia.
Pois para sobreviver à maldição do tempo não haverão violentas lutas de broncos guerreiros. Não haverá guerra brutal.
Para viver os devanos precisam sonhar.
